domingo, 2 de junho de 2013

Continuando na senda da Coca-Cola

Já viram a continuação da campanha da Coca-Cola contra o sedentarismo? Então vejam, pois vale a pena:




Olhando para a campanha em si julgo que está muito brilhantemente produzida, à semelhança da campanha do ano passado (aqui), desde o voz-off, à mensagem transmitida de que no futuro existirá uma maior sedentarização, que as pessoas não levantarão o rabo da cadeira, etc etc etc. A marca deixa como principal mensagem a de "muda as estatísticas", o que não deixa de ter razão. Cabe a cada um de nós contribuir para um futuro melhor para si próprio, e por conseguinte, todos em conjunto contribuirmos para um futuro melhor do mundo em que vivemos. Isto é tudo muito bonito, mas todos sabemos que na práctica não é bem assim.

Não deixa de ser curioso que, apesar de a marca se encontrar "preocupada" com o futuro e com o aumento da sedentarização e de maus hábitos alimentares, seja ela mesma uma das muitas principais causadoras para esses mesmos hábitos alimentares.

Atenção, não quer isto dizer que, sendo a Coca-Cola um refrigerante com todos aqueles componentes que engordam, que a culpa seja única e exclusivamente dela por os miúdos, e mesmo os adultos hoje em dia terem excesso de peso ou alimentarem-se pior. Atribuir as culpas a uma marca de comida ou bebida, seja a Coca-Cola, a McDonald's ou outra do género, por o nosso filho (ou mesmo nós próprios) ser gordo é apenas querer fugir às responsabilidades e uma maneira de se tentar auto-culpabilizar um pouco menos.

"Combina a actividade física com uma dieta moderada, variada e equilibrada." - É a mensagem vista (em letras pequenas) em alguns segundos.

É possível ter uma alimentação equilibrada e mesmo assim beber Coca-Cola, desde que exista bom senso e alguma moderação por parte de cada um.

Concluo no entanto, que em termos de Marketing Social os responsáveis da Coca-Cola são uns génios, pois graças à efectividade e excelente produção das campanhas publicitárias conseguem passar a mensagem de que realmente se preocupam e que não fazem este tipo de coisas mais em descargo de consciência.



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