quinta-feira, 30 de maio de 2013

Fundação Benfica - Para ti se não faltares




"O projecto “Para ti Se não faltares!” é um projecto inovador criado pela Fundação Benfica com o objectivo de combater o absentismo e o abandono escolar. Quando implementado, cada projecto acolhe entre 60 a 100 crianças e jovens seleccionadas pelas suas respectivas escolas e integradas nas actividades da Fundação Benfica. Essas actividades são as seguintes:

Jornalismo - O uso de conceitos da disciplina de Língua Portuguesa adaptados à prática do Jornalismo. Os jovens são desafiados a criar peças jornalísticas sobre o desporto, a sua comunidade e o seu dia-a-dia, como sejam reportagens, crónicas, entrevistas, entre outras. (1 hora por semana)

Sabias Que? - Com a intenção de tornar a Matemática mais “atractiva”, esta actividade aplica cálculos matemáticos ao mundo do Desporto. Os beneficiários utilizam o seu conhecimento para decifrar curiosidades matemáticas presentes na prática desportiva, alimentação e rendimento físico. (1 hora por semana)

TIC - No âmbito de uma parceria com a Fundação PT, esta actividade tem como objectivo ensinar aos beneficiários a navegação segura na internet, composição de textos em Word e uso correcto de ferramentas de multimédia. (1 hora por semana)

Desporto - Modalidades como o futsal, futebol, voleibol e atletismo são praticadas pelos jovens com treinadores do Sport Lisboa e Benfica (ou por si formados) nos espaços desportivos de cada escola. As aulas têm como principais componentes a promoção de espírito de equipa, disciplina, respeito mútuo, aprendizagem de tácticas e a extracção do rendimento máximo de cada aluno. (2 horas por semana)

O “Para ti Se não faltares!” providencia prémios aos alunos que fazem um esforço significativo para melhorar a sua assiduidade, comportamento e aproveitamento na escola. No fim de cada período, os beneficiários podem ganhar prémios consoante a sua respectiva avaliação determinada pela Escola e pela Fundação Benfica. Estes prémios incluem objectos e experiências como visitas a bases navais da Marinha, férias nos campos da Fundação INATEL, actividades com o Exército, actividades com o ACIDI, entre outras.

No fim de cada período, a Fundação Benfica organiza um torneio de futsal/futebol onde só participam os beneficiários que cumpriram os seus objectivos e não propriamente aqueles com maior talento para o desporto. Um parceiro determinante para o sucesso do projecto é a Escola ao estar disposta a colaborar connosco em prol da evolução continua dos alunos.

Já contamos com mais de 650 beneficiários em 16 escolas acompanhados por 85 técnicos, 5 dias por semana"



Não é por ser Benfiquista, mas é de enaltecer este projecto, que já conta com alguns anos, elaborado pelo Sport Lisboa e Benfica e a sua Fundação.

Na minha opinião deveriam existir mais marcas e empresas com projectos sociais desta envergadura. O simples facto de existirem campanhas que incentivem os miúdos a não faltar à escola e terem boas notas, recompensando-os no final pelo esforço demonstrado só favorece o futuro da nossa juventude.

A Fundação Benfica permite que muitas crianças e adolescentes de mantenham no caminho correcto, da escolaridade, para de certa forma, não acabarem "desviados", dado que este projecto se aplica muito a crianças mais carenciadas ou de bairros sociais, sujeitos a uma maior influência externa para enverdarem por maus caminhos.

Acho que é uma área ainda pouco explorada e que, muitas marcas que por vezes não sabem como ser responsáveis socialmente deveriam explorar melhor.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Desabafo

Pessoas que usam hífen nos verbos do conjuntivo (fizes-te, ficas-te, muda-mos) deviam ser interditadas de escrever no Facebook, ou em qualquer tipo de rede social, durante um mês por cada pontapé na gramática que dessem.

Não existe nenhuma marca que queira elaborar uma campanha de Marketing Social em relação a isso?

Fica a ideia.

(Oh, the irony!)


Banco Alimentar contra a fome

Quem me conhece sabe que não sou o maior fã de João Manzarra, não por achar que não tem jeito ou que não é profissional, mas sim por achar que se tornou um apresentador e um humorista demasiado generalista, quando comparado com o apresentador/comediante que aqui há uns anos dava uma outra vida e um outro ambiente ao programa da Sic Radical Curto-Circuito.

Mas não é para falar disso que estamos aqui hoje. No outro dia a fazer zapping pela televisão dei com este anúncio televisivo da conhecida campanha de solidariedade "Banco Alimentar Contra a Fome".



Há que dar a mão à palmatória, este anúncio está brilhante e João Manzarra encaixa perfeitamente na campanha.

O Banco Alimentar contra a fome é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que luta contra o desperdício de produtos alimentares, encaminhando-os para distribuição gratuita a pessoas mais carenciadas ou que não possuam meios financeiros para produtos alimentares. 

A acção dos Bancos Alimentares assenta na gratuidade, na dádiva, na partilha, no voluntariado e no mecenato. Os Bancos Alimentares em actividade recolhem e distribuem várias dezenas de milhares de toneladas de produtos e apoiam ao longo de todo o ano, a acção de mais de 2.360 instituições em Portugal. Por sua vez, estas distribuem refeições confeccionadas e cabazes de alimentos a pessoas comprovadamente carenciadas, abrangendo já a distribuição total mais de 390.000 pessoas.

Fundado por José Vaz Pinto e presidido desde 2002 por Isabel Jonet, faz campanhas em supermercados nas quais mobiliza muitos voluntários, sendo o maior movimento da sociedade civil em Portugal no pós-guerra.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

"O Marketing Social..." por Bruno Valverde Cota

"O marketing social…
07/11/07 15:00 | Bruno Valverde Cota


Por razões meramente culturais ainda se confunde ‘marketing’ social com filantropia ou “amor à humanidade”.

Numa economia de serviços como a nossa as diferenças entre produtos e serviços são mínimas e irrelevantes. A reputação e prestígio da empresa são factores cada vez mais valorizados e importantes. Para Wolff Olins ‘the next big thing in brands is social responsibility’ e eu não poderia estar mais de acordo. Todavia, quando como algumas empresas com o objectivo de somente reforçarem a imagem institucional gastam uns milhões de euros em projectos sociais e investem 10% no projecto social e 90% em comunicação, isto será responsabilidade social? Quantos projectos sociais poderiam ser apoiados e concretizados se a combinação fosse inversa? E, certamente, tendo também como consequência uma imagem reforçada e melhorada da empresa! Por razões meramente culturais ainda se confunde ‘marketing’ social com filantropia ou “amor à humanidade”. Mas, indiscutivelmente, para mim o desafio das empresas e organizações – das marcas–, está ao nível do ‘marketing’ social. Enquanto que normalmente a responsabilidade social é vista como um conjunto amplo de acções em prole da sociedade, em termos económicos, sociais, educacionais, meio ambiente, saúde, transportes, entre outras, com benefício mútuo entre a empresa e a sociedade. O ‘marketing’ social, utilizando técnicas de ‘marketing’, tem como objectivo a mudança de comportamentos da sociedade para o bem social. Desta forma, no mundo actual as marcas deverão ser utilizadas como modelos referenciais de um papel social pró-activo. Em paralelo, a tentativa das marcas adoptarem esta postura social está a transferir para os consumidores o poder de influenciarem o comportamento das empresas. Estudos internacionais realizados pela Environics demonstram este novo perfil do consumidor, face à responsabilidade social das empresas. Enquanto que nos EUA 42% dos consumidores declararam que castigam as empresas socialmente “irresponsáveis”, quer através do boicote aos seus produtos, quer através do “boca a boca” negativo, na Europa já 25% penalizam de forma interventiva estas práticas empresariais. Por outro lado, está claro também que assistimos hoje a um fenómeno crescente e mundial em que as empresas estão mais preocupadas com a prestação de “contas sociais”, evoluindo de uma abordagem de conformidade para uma abordagem mais estratégica. No entanto, vejamos um exemplo que não deve acontecer, publicado no Financial Times em 2000. O Barclays anunciou, apenas duas semanas após ter iniciado a campanha ‘the bank is big’, que iria fechar 250 balcões e despedir 7.500 empregados. Isto de facto, socialmente, não significa ser grande!

As conclusões a retirar deste caso são do senso comum. Uma empresa não poderá comprometer a confiança que a sociedade lhe depositou, comprando os seus produtos e serviços, e esperar sair ilesa. Um bom exemplo em Portugal é o do Banco Espírito Santo que tem evidenciado um papel dinâmico na sociedade através do desenvolvimento de políticas de mecenato social, cultural e educacional e da criação de um programa sustentável que se destina a incentivar o bem-estar social, promovendo o debate de temas como a biodiversidade, as alterações climatéricas, a demografia e pobreza, a desertificação e seca e a educação e saúde.

Assim, parece-me importante que as empresas tenham a capacidade de assegurar que as mensagens corporativas e as campanhas de ‘marketing’ sejam consistentes com a razão social do negócio. Isto será vital para um sucesso continuado e sustentável. Alerto, contudo, que as acções de ‘marketing’ social deverão ser pela positiva e privilegiar uma discussão sobre “o que as empresas devem fazer”, em detrimento de uma discussão sobre “o que as empresas não devem fazer”. Em suma, nos últimos anos, emergiu um novo conceito da sustentabilidade, num momento em que a internet possibilita à sociedade várias formas e meios de protestar contra práticas irresponsáveis. E a sua empresa está atenta?..."
  
bmcota@marketingfaculty.com
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Bruno Valverde Cota, PhD e especialista em assuntos de Marketing e Comunicação"



Apesar de já ter algum tempo, achei interessante colocar este artigo por parte de Bruno Valverde Cota que destaca as campanhas de Marketing Social e se questiona a ele e ao próprio leitor se, aquando elaborada uma campanha de Marketing Social por parte de uma empresa,  se esta estará mais preocupada em cumprir um papel responsável socialmente ou em defender a imagem dela própria.

Na minha opinião, não duvido que, com o crescimento deste tipo de campanhas nos últimos anos, 90% das empresas usem o marketing social, para "ficarem bem na fotografia".

Convenhamos, numa sociedade de abutres como a que vivemos hoje em dia, com uma crise intensificada, em que existem empresas a fechar todos os dias, o que será mais importante para uma empresa? Que as pessoas sejam responsáveis socialmente e que cumpram, por exemplo, para ajudar o ambiente e a sociedade, independentemente de serem ou não consumidores da marca, ou que, numa altura em que a economia  está como está, as pessoas tenham uma boa visão da empresa e continuem a comprar os seus produtos, sabendo que estão a comprar algo de uma organização que "se preocupa"?

Pois é, como o autor refere e questiona, uma empresa que gaste 90% do orçamento da campanha "social" em comunicação e apenas 10% no projecto social em si, será que poderá ser considerado Responsabilidade Social, ou apenas Marketing Social para que o consumidor fique apenas a ter uma boa opinião acerca dela? Não duvido que, em 90% dos casos, seja a segunda opção.

Ter uma imagem positiva na sociedade hoje em dia é fundamental para uma empresa que queira cumprir o seu principal e único objectivo: VENDER. Não que seja algo mau, pois uma empresa vive disso, mas até que ponto estará a empresa realmente preocupada com causas sociais e a investir nelas uma quantidade avultada de dinheiro, se isso isso implicar, que para "ficar bem na fotografia" perante a sociedade consumista em que vivemos, não ter dinheiro para pagar a vários funcionários e por conseguinte, levar ao despedimento dos mesmos.

Com isto, não quero dizer que esteja errado o que uma empresa faz, através do marketing social, ao tentar melhorar a sua imagem perante o público, ou que não existam empresas realmente preocupadas com a sociedade. Uma comunicação bem feita é meio caminho andado para o sucesso, mas é importante que as empresas se lembrem que não basta só ter uma boa imagem, é preciso também acreditar naquilo em que se investe e ajuda. É possível a uma empresa dedicar-se igualmente tanto a uma como a outra.



  

domingo, 26 de maio de 2013

Semana da Responsabilidade Social 2013


Ao navegar pelo ciberespaço em busca de artigos sobre Responsabilidade Social para analisar aqui no meu espaço, eis que me deparei com este evento que desconhecia por completo:




A Semana da Responsabilidade Social é um evento que a APEE (Associação Portuguesa de Ética Empresarial) organiza todos os anos, desde 2006.

Este evento integra várias actividades e iniciativas, entre as quais um Encontro Internacional, workshops organizados e dirigidos pelas diversas categorias de partes interessadas definidas pela ISO (Empresas, ONG’s, Governo, Sindicatos, Consumidores e Serviços, Suporte e Outros que integra desde Universidades a entidades Consultoras e Certificadoras) e side events onde se exploram aspectos particulares neste domínio.

"OBJETIVOS DA SRS:
• Promover o debate e a reflexão em torno da temática da Responsabilidade Social;
• Promover o diálogo multi-stakeholder;
• Informar sobre as iniciativas e o desenvolvimento dos trabalhos nacionais e internacionais neste domínio;
• Sensibilizar as organizações para a necessidade e as vantagens de integrar a Responsabilidade Social no seu seio."

Parece-me ser um evento bastante interessante para todo e qualquer estudante ou profissional da área, principalmente por abordar todas as vertentes da ética e da responsabilidade social em termos, chamemos-lhes lúdicos e interactivos, de modo a que não seja apenas mais um evento informativo e pouco esclarecedor.

Sempre fui da opinião que, para se poder dar a conhecer um assunto mais complexo e de menor interesse é preciso torná-lo interessante. A Semana da Responsabilidade social fez exactamente isso, pegou nos conceitos da Responsabilidade Social e transformou-os num dia bem passado, desde palestras interessantes de quem trabalha na área a workshops ilucidativos e prácticos.

Podem consultar o programa aqui:

 Uma boa sugestão para quem tem curiosidade em explorar esta área e disponibilidade durante a semana de 3-7 de Junho 2013.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

O intervalo de um grande jogo, um anúncio, uma oportunidade.

Passava pouco mais de meia hora das 20 horas da noite, noite de jogo grande da minha segunda maior paixão, o Sport Lisboa e Benfica, que disputa a final da Liga Europa com o Campeão Europeu em título, o Chelsea.
Após o apito que dá por terminada a primeira parte deste grande jogo segue-se a publicidade. Muitas marcas grandes aproveitam sempre estes grandes jogos para lançar novas campanhas e anúncios no intervalo, basta olhar para o exemplo do Super Bowl, nos Estados Unidos, a famosa competição americana que se destaca muito pelos anúncios originais e peculiares no intervalo do jogo. Inclusivamente, chegam a existir bastantes pessoas que não percebem nada de futebol americano e assistem apenas para visualizarem os anúncios.

Como estava a dizer, logo após o apito final da primeira parte, segue-se um anúncio novo por parte da Coca-Cola, anúncio este, que visa a combater o sedentarismo das pessoas. 

Esta bela campanha de Marketing Social por parte da marca destaca os benefícios de um estilo de vida activa e saudável e de forma inteligente, ou seja, motiva as pessoas a combaterem o sedentarismo, vulgo levantar o rabo da cadeira e mexerem-se.
De forma simples e inteligente a marca retrata um mundo "dominado" pelas cadeiras, que se orgulham de ser o principal motivo por tão pouco exercício praticado pelos seres humanos.

" E se nos levantarmos da cadeira? Combinando a actividade física com uma dieta variada, moderada e equilibrada, desfrutamos de uma melhor qualidade de vida, lutando contra o excesso de peso e o sedentarismo." São estas as palavras transmitidas pela Coca-Cola nesta sua nova campanha contra a sedentarização.